Navegar é preciso
Cleto de AssisNa rua, a poça formada pela chuva
virava o oceano dos barquinhos de papel.
Se outro menino chegava
poderiam ocorrer batalhas navais ou regatas
até a água encharcar os cascos ou alguns irem a pique
sob o ribombar de pequenas pedras fingindo balas de canhão.
A chegada de uma bola ou uma historinha nova
levava os barcos ao reino do esquecimento,
mesmo que alguns ainda navegassem,
cheios de sonhos e tripulados por ilusões.
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Quantos terão chegado a seus destinos?