ClustrMaps
Correio
Eventos
-
Últimos Depósitos
março 2023 S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Arquivos
- fevereiro 2021
- maio 2020
- abril 2019
- março 2019
- dezembro 2018
- julho 2018
- dezembro 2017
- junho 2017
- março 2016
- junho 2014
- abril 2014
- março 2014
- fevereiro 2014
- janeiro 2014
- dezembro 2013
- novembro 2013
- março 2013
- janeiro 2013
- junho 2012
- abril 2012
- março 2012
- fevereiro 2012
- dezembro 2011
- novembro 2011
- outubro 2011
- setembro 2011
- setembro 2010
- agosto 2010
- julho 2010
- junho 2010
- maio 2010
- abril 2010
- março 2010
- fevereiro 2010
- janeiro 2010
- dezembro 2009
- novembro 2009
- outubro 2009
- setembro 2009
- agosto 2009
- julho 2009
- junho 2009
- maio 2009
- abril 2009
- março 2009
Páginas
-
Junte-se a 539 outros assinantes
Comentários recentes
Blake Hendricks em Duas solidões de Francisco… Celina Castilho Neia… em Socorro! Celina Castilho Néia… em Poema de amor e guerra Paulo William em Ora, pois! Niria em Virginia revisitada Geraldo Reis em Nova página: Gilberto Mendonça… luizjosedossantos194… em Croniqueta de Natal cdeassis em Nilson Monteiro, novo e ilustr… João em Nilson Monteiro, novo e ilustr… Maria Luiza Teixeira… em Perdoem-me, mas é preciso rele…
Arquivo da tag: chuva
ImagemA água inerte de Gabriela
Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga, nascida em Vicuña, Chile, a 7 de abril de 1889, escolheu um nome mais curto para assinar seu belo trabalho poético. Gabriela Mistral foi o nome que se notabilizou e alcançou o prêmio Nobel de Literatura de 1945, antes mesmo de seu patrício e colega Pablo Neruda, que o ganhou em 1971. E Mistral por quê? É o nome de um vento típico do sul da França, também chamado de vento de Outono, que transporta ar de alta densidade pelas colinas abaixo. Um vento catabático (do grego katabatikos, descendo colinas). Gabriela soube domá-lo e com ele cavalgar pelo reino da Poesia, ora a fazer emergir o amor, outras vezes a extrair emoções da memória, cheias de dor e mágoa. Mas Gabirela Mistral também cantou os elementos vitais e a própria água. Neste Dia Internacional da Água, lembramos um de seus belos poemas, em que observa a chuva, “este fino pranto amargo” que verte sobre a terra.
LA LLUVIA LENTA
Esta agua medrosa y triste,
como un niño que padece,
antes de tocar la tierra
……….desfallece.
Quieto el árbol, quiero el viento,
¡y en el silencio estupendo,
este fino llanto amargo
……….cayendo!
El cielo es como un inmenso
corazón que se abre, amargo.
No llueve: es un sangrar lento
……….y largo.
Dentro del hogar, los hombres
ni sienten esta amargura,
este envío de agua triste
……….de la altura.
Este largo y fatigante
descender de agua vencida.
hacia la Terra yacente
……….y transida.
Bajando el agua inerte,
callada como un ensueño,
como las criaturas leves
……….de los sueños.
Llueve… y como chacal lento
La noche acecha en la tierra.
¿Qué va a surgir, en la sombra,
……….de la Tierra?
¿Dormiréis, mientras afuera
cae, sufriendo, esta agua inerte,
esta agua letal, hermana
……….de la Muerte?
A CHUVA LENTA
Trad. de Ruth Sylvia de Miranda Salles
Esta água medrosa e triste,
como criança que padece,
antes de tocar a tierra,
……….desfalece.
Quietos a árvore e o vento,
e no silêncio estupendo,
este fino pranto amargo,
……….vertendo!
Todo o céu é um coração
aberto em agro tormento.
Não chove: é um sangrar longo
……….e lento.
Dentro das casas, os homens
não sentem esta amargura,
este envio de água triste
……….da altura;
este longo e fatigante
descer de água vencida,
por sobre a terra que jaz
……….transida.
Em baixando a água inerte,
calada como eu suponho
que sejam os vultos leves
……….de um sonho.
Chove… e como chacal lento
a noite espreita na serra.
Que irá surgir na sombra
……….da Terra?
Dormireis, quando lá foram
sofrendo, esta água inerte
e letal, irmã da Morte
……….se verte?
Publicado em Comentário, Poemas
Com a tag água, chuva, Gabriela Mistral, lluvia, Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga, morte Chile, muerte, Pablo Neruda, Prêmio Nobel, Vicuña