Mais um abraço para a Poesia, em seu dia

Desencanto

Manuel Bandeira

Manuel Bandeira - 1986-1968

Manuel Bandeira – 1986-1968

Eu faço versos como quem chora
De desalento… de desencanto…
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente…
Tristeza esparsa… remorso vão…
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

– Eu faço versos como quem morre.

2 Respostas para “Mais um abraço para a Poesia, em seu dia

  1. MARIA DO CÉU OLIVEIRA

    LINDÍSSIMO…QUISERA EU ASSIM FAZER VERSOS…:) 🙂

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s