ClustrMaps
Correio
Eventos
-
Últimos Depósitos
Arquivos
- fevereiro 2021
- maio 2020
- abril 2019
- março 2019
- dezembro 2018
- julho 2018
- dezembro 2017
- junho 2017
- março 2016
- junho 2014
- abril 2014
- março 2014
- fevereiro 2014
- janeiro 2014
- dezembro 2013
- novembro 2013
- março 2013
- janeiro 2013
- junho 2012
- abril 2012
- março 2012
- fevereiro 2012
- dezembro 2011
- novembro 2011
- outubro 2011
- setembro 2011
- setembro 2010
- agosto 2010
- julho 2010
- junho 2010
- maio 2010
- abril 2010
- março 2010
- fevereiro 2010
- janeiro 2010
- dezembro 2009
- novembro 2009
- outubro 2009
- setembro 2009
- agosto 2009
- julho 2009
- junho 2009
- maio 2009
- abril 2009
- março 2009
Páginas
-
Junte-se a 539 outros assinantes
Comentários recentes
Blake Hendricks em Duas solidões de Francisco… Celina Castilho Neia… em Socorro! Celina Castilho Néia… em Poema de amor e guerra Paulo William em Ora, pois! Niria em Virginia revisitada Geraldo Reis em Nova página: Gilberto Mendonça… luizjosedossantos194… em Croniqueta de Natal cdeassis em Nilson Monteiro, novo e ilustr… João em Nilson Monteiro, novo e ilustr… Maria Luiza Teixeira… em Perdoem-me, mas é preciso rele…
Arquivo do dia: 3 de junho de 2010
Erly Welton cicunloquial
Periférico
Erly Welton Ricci
não voa a alma naquilo que digo
ela já está
isso que você vê como névoa de cores insondáveis
espalhada em todos os campos
é a expansão intermitente e começou desde sempre
está na pedra, na placa e na praga
na areia, na água e na águia
na letra, na lente e na pele da palavra
por isso minha alma não é passional
nem minha
o verbo também
espalhado por todos os campos
amém
_____
Ilustração: C. de A.
Publicado em Poemas
Com a tag alma, amém, circunloquial, Erly Welton Ricci, intermitente, palavra, passional, periférico
Mais um clique de Lina Faria
Prometi, há algum tempo, a reprodução, no Banco da Poesia, de algumas das admiráveis fotos de Lina Faria, acrescentando uma pitada de poesia nas imagens que dela já são feitas. Hoje publico mais uma, retirada de seu blog Não Lugar.
Janela quebrada
Lina Faria + Cleto de Assis
Quem matou essa janela?
Foi o tempo, foi o tempo
e a pontaria de pedras
a criar buracos negros.
Quem reviveu a janela?
Foi a Lina, foi a Lina,
sua lente curiosa
e visão miraculosa
feito creme de mulher
que promete juventude
a pele já ressequida
e também à própria vida.
E o que mostra a janela?
A ruína, a ruína
a gastura da cidade
e mais três vidros intatos
tornados mágico espelho
a refletir bem no meio
a artesã de retratos.
Publicado em Poemas
Com a tag artesã de retratos, buracos negros, Cleto de Assis, janela quebrada, Lina Faria, mágico espelho, pedras
Iriene em luz e somba
Umbra
Iriene Borges
Não me ocupes
Vago em luminescências
e rotaciono aluada
Para manter a linha
da mediatriz até o complexo
da cerviz até o sexo
fui sitiada
pelo remorso de existir
No entanto, irrompes a rir
e eu singular e asceta
projeto uma sombra completa
que me intercepta o senso
bem aqui na minha rua
quando alcanço a calçada
sob o primeiro poste
à esquerda
A persigo, e não me desgoste,
não por isso, que ela é tudo
tem o talhe do teu desejo
Pisa o asfalto como meu hálito
roça teus lábios sem beijar
Tem um contorno movediço
que me traga no molejo
e danço
entre o pudor e o vestido
feito pipa no ar.
Nos amamos em teu nome
em cada canto da vila
e inventamos a saudade
de conluio com cada esquina
só assim ela me arrasta pra casa
em êxtase
e some no clarão da porta
que amanhã tem volta
e reprise.
Não me ocupes
para a distância do sorriso
se vago em luminescências
rotaciono aluada
e só me sei sitiada