Matéria arrancada do ventre da terra
Vem a minhas mãos para ser amassada
mentalizada
moldada
torneada
formada.
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Com as
pontas dos dedos
pressiono
pressinto
imagino
rezo
me deifico.
Ela se forma na deformação
indolente
dolentemente
ardilosamente
argilosamente.
E só terá sentido se abandonar a brandura
a ternura
a suave textura
para, dura,
cingir-se em definitiva arquitetura.
Para cumprir teu destino, acrisola-te no fogo.
Tu és pedra: e sobre teus cacos construo a minha vida.
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Cleto de Assis Curitiba – 10.jan.2008