Arquivo do dia: 26 de abril de 2009

Poegramas e poemínimos de Tchello d’Barros

A sugestão é de Marilda Confortin, que nos enviou o endereço do vídeo Poemínimos quase eróticos. Mas como o Banco da Poesia gosta de fazer cadastro completo de seus clientes, fui buscar mais referências do poeta cataralagoano.

fototchello2Tchelo d’Barros é catarinense de Brunópolis. Mora em Maceió (AL), se diz nordestino por opção e também cidadão do mundo com vocação, após andar por 20 países, sempre ligado a atividades na literatura e nas artes visuais. Define-se como designer, produtor cultural e editor independente. Tem cinco livros de poesia experimental e já realizou mais de dez mostras de desenhos, fotografias, pintura, infogravuras, vídeos, performances, instalações e manifestos. O endereço de seu blog é http://www.tchellodbarros-poesiavisual.blogspot.com/. Lá se encontram outros endereços com mais ionformações sobre seu trabalho.

Emprestamos de seu blog dois poegramas. No final, dois video-poemas.

Poem

024-poema-visual-poem-30-x-30-cm-jpg-tchello-dbarros1

Zíper Plexo

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Poemínimos Quase Eróticos

Poemínimos Quase Pensamentais

Erly Welton envia novo depósito

De Antonina, Erly Welton Ricci manda seu recado:

“Os dois poemas, que envio para depósito bancário, fazem parte do livro Motofobia (poemas para ler em voz grave), já pronto mas esperando publicação, e também de uma série de vídeos poemas apocalipticos. Já foram publicados na Internet por vários sites e blogs – inclusive nos meus (Literadurawww.erlywelton.blog.uol.com.br )  – e devem fazer parte de uma exposição paralela durante o 19º Festival de Inverno em Antonina, com mais 12 vídeos-poemas. Os vídeos nasceram originalmente de um projeto de 40 poemas animados  e interativos feitos para serem projetados no Museu da Palavra, em São Paulo.” 

O outro poema será publicado depois. Razões de economia bancária…

É tarde demais
 

apocalipse09
é tarde demais
o filho do homem
incendiou
a lira

é tarde demais
tânagras sangram
vexando
em vênus

é tarde demais
quatuórviro qual
pústula
na vida

é tarde demais
pouqüidade podre
modorra
nos resta

é tarde demais
a mofa ainda goga
o ícone
do tolo

é tarde demais
os deuses estiarão
voltando
pra casa

é tarde demais
o mar ignorado
dois ágios
encava

é tarde demais
labaredas de sal
derretem
a chama

é tarde demais
o cão ladra, late
o cãozinho
cainha

é tarde demais
o homem novo
semelhante
ao pai

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Ilustração: Apocalipse – montagem de C. de A.

Poema de João Batista do Lago

A Balança
 

liberdade
Do palácio das Liberdades
Nascem carnes podres
Podres de direitos
Podres de justiças…
 
E então os direitos
Acasalados com as Justiças
Geram frigoríficos
Onde suas carnes são depuradas
Para serem vendidas aos homens

João Batista do Lago
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Ilustração: Montagem de C. de A.